Dezenas de banhistas eram queimaduras ao terem contato com caravelas-portuguesas nas praias do Litoral do Piauí, neste último fim de semana de sábado e domingo (21 e 22/09). Durante o fim de semana o SAMU do município atendeu pelo menos 40 chamadas de ocorrências relacionadas a queimaduras.
Segundo o site planeta água, esse ser pertence ao grupo dos cnidários, mas na verdade não é “um” animal. Trata-se de colónia de quatro pólipos distintos da família Physaliidae.
Distribui-se pelas bacias do Atlântico, Pacífico e Índico, nomeadamente em águas mais quentes. Em Portugal ocorre nos Açores e na Madeira e ocasionalmente junto à costa continental portuguesa.
Alimenta-se de pequenos organismos marinhos desatentos, como peixes e plâncton.
Tem uma vesicula com gás, que a permite flutuar. A sua cor pode ser entre o azulado, rosa ou arroxeado, com tentáculos que podem atingir até 50 metros.
Esta espécie tem este nome devido à semelhança com as caravelas portuguesas da época dos descobrimentos. O veneno da caravela-portuguesa é identico ao da aranha Viúva-negra, causando dores muito fortes e queimaduras, que podem ser de terceiro grau, provocando cicatrizes, que poderão ser permanentes. Este ser vivo não nada, é através da sua vesicula gasosa (que pode ter ascender 15 cm acima da superfície da água) que este se desloca, sendo levado pelo vento e pelas correntes marinhas (tal como os barcos à vela).
Grande quantidade nas praias do Piauí
Para os especialista, é comum a presença deste tipo de espécie nesta época do ano, porém, o que não é comum é essa grande quantidade. As principais hipóteses são o aquecimento das águas do oceano provocadas pelas mudanças climáticas oriundas da poluição, além de outros fatores como o eclipse lunar e a alta das marés que provocou uma ressaca bem forte na última semana, destruindo várias barracas e estabelecimentos a beira da praia em Luís Correia (PI).
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