Em função da agitação política com agressões ao presidente da República Jair Bolsonaro, a Fundação do Museu do Homem Americano (Fumdham) anunciou que não mais apoiará a Ópera da Serra da Capivara. 

Ao ler na coluna do jornalista Arimatéia Azevedo que grupos políticos usaram show do evento para atacar o presidente Bolsonaro e defender a liberdade de Lula, a pesquisadora paulista Niéde Guidon, 86 anos, 50 deles dedicados a ciência no Piauí e coordenadora da Fundação Museu do Homem Americano (FUMDHAM) , divulgou o seguinte comunicado:

“Tendo tomado conhecimento de manifestações políticas realizadas durante apresentações na Ópera Serra da Capivara, um evento que sempre foi unicamente cultural, a Fundação Museu do Homem Americano decidiu que não mais apoiará a realização desse evento.”

O anúncio foi feito na manhã desta quarta-feira (31).

Sobre a Ópera da Serra da Capivara 

Segundo o site oficial da Ópera da Serra da Capivara, o evento  possui um formato que se diferencia  dos modelos de festivais que acontece em outras partes do País. Os shows e espetáculos colocam em cena mais de cem artistas de diversas modalidades ao ar livre, no coração de uma floresta de Caatinga preservada. Ainda assim, utiliza todos os recursos técnicos e rigor cênico que se encontra em teatros fechados dos grandes centros urbanos Brasil afora e no mundo.

Os espetáculos utilizam diversos recursos artísticos e elementos cenográficos  que narram histórias que identificam nossos povos ancestrais, nossa cultura e nossa identidade.

No primeiro ano, 2017, a Ópera encenou o “Ato Ancestral”, falando  sobre a vida e a arte dos primeiros habitantes das Américas. Em 2018, o espetáculo trouxe o “Ato Krahô”, uma peça em homenagem aos índios do Brasil. Neste ano, em 2019, foi encenado o “Ato Carcará” que   apresentou o universo mágico dos povos do Sertão, suas lendas, mitos, contos e personagens.

O evento ocorreu do dia 22 a 27 de julho desse ano.