Ocorreu nesta terça-feira, 10, a audiência com os políciais que se envolveram na morte de Emilly Caetano Costa, de oito anos. A vítima foi morta por policiais durante uma abordagem ao carro dos pais dela na zona Leste de Teresina, em dezembro do ano passado.

Por adulterar a cena do crime, o cabo Francisco Venício Alves foi indiciado por fraude processual. O ex-soldado Aldo Luís Barbosa Daniel foi indiciado além de fraude processual, homicídio qualificado e tentativa de homicídio. Na audiência, foram ouvidos os militares, os pais de Emilly e cerca de dez testemunhas. A audiência decidiria se os acusados iriam à Juri Popular.

Na época, o carro dos pais da criança teriam desobedecido a ordem de parada de uma bliz que ocorria próximo a ponte Juscelino Kubitschek, quando foram perseguidos por uma viatura da polícia. Ao chegarem próximo ao cruzamento da Avenida João XXII com a Avenida dos Expedicionários, os policiais atiraram contra o carro. Os disparos vitimara Emilly, acertam o pai dela, o músico Evandro Costa, na cabeça e a mãe, Daiane Caetano, no braço.

Pouco mais de três meses após o ocorido, Daiane destaca que ainda sente a dor da perca da filha e revela que a filha mais velha teme represália por parte de policiais. "É uma tristeza muito grande, uma dor muito grande. Vem tudo à tona hoje, as irmãs sempre perguntam e ela [a filha mais velha] ainda pergunta, não entende e tem medo. Ela disse ‘mãe, eu tenho medo do policial fazer alguma coisa’. Mas eu disse que não vai", declarou Daiane.