Na manhã desta quinta-feira (10), a Polícia Civil do Piauí prendeu quatro pessoas em Parnaíba suspeitas de cometer crimes usando mensagens de celular. As prisões aconteceram em Parnaíba, no Litoral do estado, mas o grupo agia também em Teresina, no Distrito Federal e no Maranhão.
Segundo a polícia, em três meses o grupo teria movimentado R$ 100 mil. Eles chegavam a enviar 26 mil mensagens de textos por mês. O homem considerado o cabeça da quadrilha foi preso em Parnaíba. Conforme o delegado Matheus Zanatta, Gerente de Polícia Especializada, Anderson Diego Silva era o responsável pelo grupo e aprendeu a fazer golpes por mensagem de texto quando foi preso por tráfico de drogas.
"Eles mandavam mensagem de texto dizendo para a vítima que ela tinha sido sorteada para ganhar um prêmio, mas para recebê-lo precisava dar uma contrapartida e indicava contas da quadrilha em que a vítima deveria fazer os depósitos", disse o delegado.
A operação foi denominada Sorte Premiada. “No Piauí, a quadrilha fantasiava uma história, construída com base na vida social da própria vítima por meio das redes sociais e ludibriava a vítima até que essa fosse a um caixa eletrônico e fizesse um depósito para, enfim, ter acesso a um prêmio que foi iludida a acreditar que seria seu”, explicou um dos policiais civis que investigou o caso.
De acordo com o delegado Matheus Zanatta, a quadrilha era formada também por “laranjas”, que forneciam suas contas e atuavam na história como sendo os gerentes das agências bancárias que efetuariam o pagamento do bilhete premiado, para não levantar suspeitas para as vítimas.
“A quadrilha era extremamente sofisticada, aplicava golpes sabendo minúcias de taxas e do funcionamento de caixas eletrônicos, sequência lógica das teclas de cada caixa para cada procedimento bancário, capaz de conduzir a vítima inequivocamente a fazer as transferências. A quadrilha investia muito em engenharia social, conseguia dados como CPF, endereço e demais informações das vítimas”, finalizou.
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