Frustração com a nota do vestibular? Saiba como lidar com isso!
A neuropsicóloga Renata Bandeira explica como os ambientes familiares e escolares influenciam na saúde mental dos alunos de ensino médio e as incertezas do futuro profissional.No mês de janeiro é comum saírem os resultados de vestibulares. Hoje (17) foram divulgadas as notas individuais do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e elas têm um caráter decisivo na vida de muitos jovens que sonham em ingressar no Ensino Superior. Porém, juntamente com os resultados vêm as angústias, os medos, a comparação, o nervosismo e a ansiedade. Assim, é importante atentarmos para a saúde mental dos alunos antes e depois das provas de vestibular.
A neuropsicóloga Renata Bandeira fala da importância do acompanhamento psicológico antes e depois das provas de vestibular devido a complexidade desses processos seletivos. "São vários aspectos que envolvem a preparação para o ENEM, são três anos, existem as pressões pessoais, familiares e também as perspectivas de futuro, então, o trabalho psicológico entra na preparação emocional, para lidar com toda essa questão da autocobrança e da cobrança externa assim como a estruturação de uma saúde mental para lidar com a pressão também no dia da prova".
Ela explica que os casos pós-vestibulares mais comuns são a frustração e a falta de autoestima quando o jovem não obtém um bom resultado. "Os mais comuns são os casos de frustração, problemas relacionados à frustração, à falta de autoestima. O processo do ENEM é longo. É uma decisão que envolve todos os seus planos de futuro. Você vai decidir uma profissão que, em teoria, vai exercer pro resto da vida, então é um peso muito grande de uma responsabilidade muito cedo", relata.
Renata explica que as pressões externas, como família e ambiente escolar, e as pressões internas, no sentido de planejar seu futuro, devem ocorrer de maneira equilibrada, sem exceder seu dever pedagógico e que o ambiente tem total influência no estado emocional e psicológico dos alunos, não só no contexto do ENEM mas em todos os desafios da vida.
Essas cobranças de aprovação no vestibular e as comparações com outros resultados também pode influenciar em transtornos psicológicos mais graves como a ansiedade e a depressão. Renata enfatiza que os tratamentos são muito importantes e que a família tem o papel de apoiar e incentivar a procura por ajuda. "Os fatores externos, como a família e a escola, podem orientar na busca de ajuda que são a terapia, a psicoterapia e o tratamento psiquiátrico. Nós temos que entender que transtornos de ansiedade e transtornos depressivos são doenças, e como doença tem que ter um caráter de tratamento", explica.
Como sociedade, precisamos deixar de banalizar essas doenças. A psicóloga explica que esses quadros envolvem fatores biológicos e sociais que são trabalhados no tratamento. "A sociedade mascara esses transtornos com a psicofobia, que é a fobia aos transtornos mentais. Essa fobia se caracteriza em dizer que "depressão é frescura", "ansiedade é besteira", por exemplo, e não é bem assim. O lado biológico, que é o fator hormonal, também é influenciado por essas doenças, então uma série de coisas devem ser feitas através do tratamento. A família e a escola, devem incentivar o tratamento adequado em relação à ansiedade e à depressão.", enfatiza.
Dicas para lidar melhor com as notas do vestibular e com os processo seletivos, como o Sisu:
- Pensamento positivo: a psicóloga explica que tentar corrigir os pensamentos que o deixam ansioso ou nervoso são a melhor forma de conseguir relaxar.
- Técnicas de respiração: estudos descobriram que as práticas de respiração podem ajudar a reduzir os sintomas associados, por exemplo, com a ansiedade, a insônia, o transtorno de estresse pós-traumático, a depressão e o déficit de atenção.
- Alimentação equilibrada e hidratação: pesquisas indicam que uma alimentação adequada, rica em vegetais, frutas, legumes, grãos integrais e proteína magra e a devida hidratação podem ajudar a gerenciar a ansiedade.
- Distraia-se: ouvir música, realizar atividade física, ler um livro ou assistir um filme são exemplos de distrações que podem aliviar o nervosismo em períodos de emoções fortes.
Sensação
Vento
Umidade
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