Com pandemia do novo Coronavírus mudou muita coisa desde que o vírus esteve presente no mundo. Vários locais tiveram de fechar as portas por conta do alto número de casos e risco de contaminação que as salas de cinema potencializavam. A indústria do cinema foi sem dúvida um das atividades que mais sofreram com toda a paralisação e teve de se adaptar ao novo mundo.

Estreias de filmes adiados, gravações canceladas e mais adaptação. As plataformas de streaming foram a saída que muitas empresas audiovisuais encontraram em meio a crise e a Disney foi uma delas. A empresa que agora coloca a distribuição via streaming como uma das prioridades, e já fez estreias de filmes exclusivos este ano somente dentro da plataforma vêm despertando críticas, principalmente de donos de cinemas.

A companhia multinacional já lançou duas produções, Mulan e o musical Hamilton, exclusivamente na plataforma de streaming e pretende ir ainda mais longe. A Disney anunciou recentemente que a animação “Soul” aclamada pela crítica também será lançada exclusivamente na plataforma, somente em locais onde não há a plataforma é que a exibição vai acontecer nos cinemas físicos.

Os proprietários de cinemas destacaram que têm visto as salas de cinema cada vez mais vazias, e aguardavam uma boa estreia para reverter o ano perdido. Segundo o Deadline, a União Internacional dos Cinemas, associação presente em 38 países da Europa, disse que a decisão da Disney foi um choque e que deixou os exibidores desolados. “Os cinemas investiram alto em oferecer um ambiente seguro para o retorno da audiência, investimento baseado na agenda de lançamentos desse ano. Porém, mais uma vez, os distribuidores os deixaram na mão”, diz um trecho do comunicado. Apesar das críticas a Disney segue com a previsão da estreia para o dia 20 de novembro, o plataforma chega ao Brasil 3 dias antes da estreia mundial da animação.