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Ainda Estou Aqui: obras de arte que refletem sobre a Ditadura Militar

Vamos conhecer trabalhos que mostram a importância de não esquecer o que aconteceu nesse triste período

16/01/2025 às 10h09
Por: Gina Castelo Branco
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Que orgulho! Fernanda Torres com seu globo de ouro (Foto: reprodução)
Que orgulho! Fernanda Torres com seu globo de ouro (Foto: reprodução)

Hello! How are you? Hoje eu não poderia falar de outro assunto a não ser aquele que tem nos deixado mais orgulhosos: Fernanda Torres venceu o Globo de Ouro e representou o Brasil em Hollywood!  O mais incrível é saber foi por um filme tão importante para a memória do nosso país e que retrata um período triste da nossa história, mas que não pode ser esquecido. Já assistiram Ainda Estou Aqui?

Para além desse filme, muitas outras obras de arte também representaram o período da Ditadura no Brasil e hoje quero mostrar a vocês algumas delas. 

"Quem matou Herzog?", de Cildo Meireles, traz uma mensagem carimbada pelo artista em cédulas de um cruzeiro, fazendo referência ao jornalista Vladmir Herzog, torturado e assassinado pelo regime militar. 

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"Quem matou Herzog?", de Cildo Meireles (Foto: reprodução)

Uma das obras que considero mais emblemáticas é "O Herói", de Anna Maria Maiolino (1966). Aqui, é representada em uma caveira a figura de um militar com diversas medalhas, simbolizando a morte. Essa importante obra foi doada pela artista ao MASP em 2015.

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 "O Herói", de Anna Maria Maiolino (Foto: reprodução)

A obra "A Prisão", de Claudio Tozzi (1968) denunciava as arbitrariedades do regime e chegou a ser confiscada na X Bienal de Arte de São Paulo, de 1969, só reaparecendo dias depois.

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"A Prisão", de Claudio Tozzi (Foto: reprodução)

A obra Identidade Ignorada, de Carlos Zílio, faz referência aos desaparecimentos ocorridos durante a Ditadura Militar. O artista sofreu forte perseguição do regime e mudou-se exilado para a França, onde aprimorou sua produção artística. Essa obra conversa perfeitamente com a temática do filme Ainda Estou Aqui. 

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Identidade Ignorada, de Carlos Zílio (Foto: reprodução)

Todas essas obras e a aclamação do filme Ainda Estou Aqui mostram que a arte resiste ao tempo, às opressões e ao apagamento. Parabéns à nossa grande Fernanda Torres! Como é inspirador é ver a nossa arte sendo premiada através de uma mulher, motivação pura para nós artistas e mulheres. É um exemplo de persistência, dedicação, de acreditar no que faz. Sempre acompanhei o trabalho de Fernanda e fiquei muito emocionada mesmo. Devemos acreditar no impossível, ter fé, força e foco. Agora é rumo ao Oscar!

Vejo vocês no próximo post.

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