Hello! How are you? Hoje eu não poderia falar de outro assunto a não ser aquele que tem nos deixado mais orgulhosos: Fernanda Torres venceu o Globo de Ouro e representou o Brasil em Hollywood! O mais incrível é saber foi por um filme tão importante para a memória do nosso país e que retrata um período triste da nossa história, mas que não pode ser esquecido. Já assistiram Ainda Estou Aqui?
Para além desse filme, muitas outras obras de arte também representaram o período da Ditadura no Brasil e hoje quero mostrar a vocês algumas delas.
"Quem matou Herzog?", de Cildo Meireles, traz uma mensagem carimbada pelo artista em cédulas de um cruzeiro, fazendo referência ao jornalista Vladmir Herzog, torturado e assassinado pelo regime militar.
Uma das obras que considero mais emblemáticas é "O Herói", de Anna Maria Maiolino (1966). Aqui, é representada em uma caveira a figura de um militar com diversas medalhas, simbolizando a morte. Essa importante obra foi doada pela artista ao MASP em 2015.
A obra "A Prisão", de Claudio Tozzi (1968) denunciava as arbitrariedades do regime e chegou a ser confiscada na X Bienal de Arte de São Paulo, de 1969, só reaparecendo dias depois.
A obra Identidade Ignorada, de Carlos Zílio, faz referência aos desaparecimentos ocorridos durante a Ditadura Militar. O artista sofreu forte perseguição do regime e mudou-se exilado para a França, onde aprimorou sua produção artística. Essa obra conversa perfeitamente com a temática do filme Ainda Estou Aqui.
Todas essas obras e a aclamação do filme Ainda Estou Aqui mostram que a arte resiste ao tempo, às opressões e ao apagamento. Parabéns à nossa grande Fernanda Torres! Como é inspirador é ver a nossa arte sendo premiada através de uma mulher, motivação pura para nós artistas e mulheres. É um exemplo de persistência, dedicação, de acreditar no que faz. Sempre acompanhei o trabalho de Fernanda e fiquei muito emocionada mesmo. Devemos acreditar no impossível, ter fé, força e foco. Agora é rumo ao Oscar!
Vejo vocês no próximo post.
Mín. 23° Máx. 34°