Mais de 20 trabalhadores são encontrados em situação semelhante à escravidão no Piauí
Dois grupos de extratores de palha de carnaúba estavam em situação degradante em zona rural de São João da Serra.Durante uma fiscalização de auditores fiscais do trabalho em região rural do município de São João da Serra, a 133 km de Teresina, foram resgatados um total de 25 trabalhadores que se encontravam em situações precárias. Os empregadores foram notificados e tiveram de pagar verbas rescisórias aos trabalhadores.
Os dois grupos, que tinham entre 30 e 55 anos de idade, trabalhavam extraindo a palha da carnaúba em meio à mata da região. Eles dormiam em barracos de lona de plástico, não tinham acesso a banheiro e as comidas eram cozinhadas ao relento, pois não tinha cozinha.
De acordo com Robson Waldeck, auditor do trabalho, a situação configura trabalho degradante, em que o empregador não fornece aos trabalhadores condições básicas de alojamento para executar o trabalho. A extração da palha era feita para a produção da cera de carnaúba, que é exportada para países da América e Europa.
“É uma atividade que ocorre muito de ser feita de maneira informal, em desrespeito à legislação do trabalho”, disse o auditor Robson Waldeck.
Os dois empregadores foram notificados e devem responder a uma ação criminal pelo Ministério Público Federal, pelo crime de submeter alguém a trabalho em situação análoga à escravidão. A pena varia de 2 a 8 anos de prisão. Os trabalhadores receberam as verbas rescisórias e retornaram às suas casas.
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