Nesta terça feira (23) é comemorado o Dia Mundial da Tartaruga, animal que apesar de comum no litoral piauiense, está ameaçado de extinção. Por ser recortado geograficamente por afluentes do rio Parnaíba, o Piauí é um ambiente propício para desova de espécies de tartarugas.
Segundo a bióloga marinha Werlanne Magalhães, as praias do Piauí são desovas de todas as espécies encontradas no Brasil: Tartaruga de pente, Tartaruga Oliva, Tartaruga de couro, Tartaruga verde e Tartaruga cabeçuda; porém a de maior frequência é a tartaruga de pente, que está ameaçada de extinção.
“As tartarugas frequentam todas as praias do litoral do Piauí. A tartaruga de couro, que é a mais criticamente ameaçada, gosta de praias mais erosivas, que são aquelas que têm um declínio ,como se tivesse um barranco, e a gente tem isso na praia de Barra Grande, no Arrombado e na Pedra do Sal.
Atualmente na região existem iniciativas para a proteção das tartarugas, como o Instituto Tartarugas do Delta. A equipe trabalha em campo, e realiza o trabalho de manejo e conservação das tartarugas marinhas naquela região, com apoio da Eólica Pedra do Sal, Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Piauí (Semar), Sesc Piauí e a Área de Proteção Ambiental Delta do Parnaíba.
A bióloga relatou ainda que em 2023 já foram liberados mais de 12.500 filhotes da espécie tartaruga de pente no litoral piauiense. Ainda segundo ela, foram marcadas mais de 85 fêmeas que retornam para criar os ninhos a cada dois ou três anos.
O Instituto do Delta realiza esse trabalho a uma década “Ao longo de 10 anos de trabalho, foram protegidos e liberados na natureza mais de 100 mil filhotes“ comentou Werlanne.
As Tartarugas Marinhas são essenciais para o eco sistema, elas se alimentam de algas e ajudam no controle delas, além de agregar valor turístico para a região, por isso a conscientização e preservação dessas espécies é importante. A bióloga Werlanne deu dicas à população e turistas de como preservar a fauna local.
“É necessário o cuidado com o descarte do lixo nas praias, não andar com veículos nas praias de desova, pois pode destruir os ninhos ou atropelar filhotes, cuidado com a iluminação artificial nas praias, pois pode desorientar as fêmeas e filhotes, impedindo que estes sigam em direção ao mar” concluiu ela.
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