O Governo do Piauí, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), tem trabalhado para diminuir a incidência de incêndios florestais em todo o estado. O monitoramento realizado pela Semarh aponta que houve uma queda de 47% dos eventos de fogo neste mês de setembro de 2024 em comparação ao mesmo mês em 2023.
Um outro comparativo é de janeiro a setembro de 2023 (4.356 eventos) com este mesmo período de 2024 (2.748 eventos), quando houve uma redução de 64%. Os dados são registrados pela Sala de Monitoramento da Semarh, que utiliza o programa Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) e do Banco de Dados de Queimadas (BDQueimadas) do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
O BD Queimadas/INPE aponta que, no mês de setembro de 2024, o quantitativo de focos de calor registrados foi de 2.710 registros. Em 2023, foram registados 3.363 focos de calor.
A redução se deve aos investimentos realizados pela Semarh, como o monitoramento diário e pela tecnologia da Inteligência Artificial (IA), que antecipa cenários e faz previsão de onde os incêndios ocorrerão. O gestor pode selecionar o município de interesse na plataforma e obter informações fornecidas sobre os focos de calor previstos para o período desejado, seja uma semana ou um mês específico.
Tendo como base Uruçuí, um dos municípios que possui um histórico com grandes registros, a IA utilizada pela Semarh aponta uma redução de 43% dos focos de incêndios já na primeira semana de outubro, em comparação ao mesmo período de setembro, conforme gráficos abaixo:
Gabriel Carvalho Araújo, técnico da Diretoria de Sistemas e Tecnologia da Informação da Semarh, destaca que, com a previsão das tendências desses focos de calor, torna possível melhorar as ações de fiscalização e combate aos incêndios, permitindo uma resposta mais ágil e eficiente .
As diretorias da Semarh realizam um trabalho em conjunto com o Corpo de Bombeiros, capacitando e equipando as brigadas municipais, e com a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), fiscalizando in loco incêndios criminosos.
Ainda sem fortalecimento das ações, o Governo criou uma Sala de Situação para Prevenção e Combate a Incêndios Florestais. “Essas ações, juntamente com a atuação da Sala, que viabilizam o monitoramento contínuo, a análise de riscos e a rápida tomada de decisões estratégicas em situações, promovendo a eficiência nas operações de combate, implicam diretamente na redução dos focos de incêndios, em comparação aos anos anteriores”, pontua Sara Cardoso, climatologista e coordenadora da Sala.
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